A nossa coluna é a espinha dorsal do nosso corpo. É ela que mantém o nosso tronco erguido e oferece sustentação a outras partes do corpo. Porém, não cuidamos tanto dela como deveríamos e alguns problemas específicos dessa região podem aparecer, como é o caso da escoliose.

O que é escoliose?

A escoliose ocorre quando há uma curvatura lateral na coluna vertebral que forma um “S” ou um “C” em alguns casos. Pode não haver a rotação de vértebra, mas, caso ocorra, temos a formação de uma “giba”, ou seja, uma protuberância na coluna quando observada em uma determinada angulação.

Há diversos tipos de escoliose e as causas são diversas. Entenda:

Escoliose congênita

Nesse caso, a escoliose começou a se formar quando o indivíduo ainda estava na barriga da mãe e ocorreu algum problema na formação óssea do feto. Por exemplo, pode ter ocorrido algum defeito no momento da junção de algumas vértebras com as costelas. Essa situação costuma ocorrer em 10% dos casos.

Escoliose idiopática

São os casos mais comuns cerca de 80% dos indivíduos possuem esse tipo de escoliose. Aqui não existe uma causa pontual, ou seja, não se sabe porque o paciente desenvolveu o problema. Existem alguns fatores que podem contribuir como a hereditariedade.

Escoliose neuromuscular

Os músculos funcionam de maneira anormal (fraqueza extrema), assim como os nervos. O tronco costuma ficar numa forma de “C” e afeta um número maior de crianças já que ainda são jovens e podem não conseguir suportar o peso do corpo.

Quais são os sinais e sintomas da escoliose?

Um dos sinais mais aparentes da escoliose é quando um ombro está mais baixo que o outro. Outra medida que pode ser comparada é a pelve, analisando a crista ilíaca anterior. Quando o indivíduo está com algum desvio de coluna, essa parte da pelve também fica desalinhada.

Alguns sintomas, como a dor de coluna, podem aparecer e, se não houver nenhum tipo de tratamento, ela pode se tornar crônica.

Como tratar a escoliose?

Assim que você começar a perceber desvios na sua postura, é necessário procurar um médico. Os diagnósticos sempre devem ser feitos o quanto antes, para garantir melhores resultados durante o tratamento e ainda evitar danos mais graves.

1. Fisioterapia convencional

A fisioterapia é uma excelente forma de tratar a escoliose porque é um método conservador e mexe com todas as estruturas do corpo. Isso é importante porque a causa do problema pode estar em outra parte do corpo. Mas, como os nossos músculos formam uma cadeia única, muitas vezes, o que acontece em um, acomete o outro.

Para os casos em que, a causa é a fraqueza muscular, o fisioterapeuta pode promover o fortalecimento dos músculos da coluna, especialmente os paravertebrais (ficam ao lado das vértebras).

2. Hidroterapia

Ideal para aqueles que sentem dor intensa por conta do problema e os exercícios em solo podem ser muito difíceis ou dolorosos.

Por reduzir o peso a ser sustentado pela coluna, na hidroterapia fica muito mais fácil trabalhar com as diversas estruturas do corpo dentro da água. Fora que, a temperatura da água, – cerca de 35º – ajuda no relaxamento muscular.

3. Pilates

Outra excelente opção para tratar de problemas na coluna, de uma forma geral, é o Pilates. O profissional pode direcionar os movimentos para o lado oposto ao da curvatura e assim, fortalecer os músculos da região para que eles consigam sustentar a estrutura.

O objetivo é sempre buscar pelo equilíbrio e o tratamento com Pilates ajuda a recrutar diversos músculos de uma única vez.

4. RPG

A Reeducação Postural Global, também conhecida como RPG, pode auxiliar no tratamento de pessoas que apresentem escoliose com curvatura abaixo de 40º. As técnicas utilizadas visam sempre a correção da coluna e costuma ser mais utilizado nos casos de escoliose idiopática.

Durante a aplicação da técnica é possível trabalhar a consciência postural, as tensões musculares, os processos respiratórios e o reposicionamento de vértebras por meio de manobras manuais.

Lembrando que, o tipo de tratamento escolhido depende muito da causa e também da gravidade do problema. Por exemplo, para aqueles que tiverem uma curvatura menor que 20º, apenas o tratamento conservador com fisioterapia pode bastar.

Porém, entre 20 e 40º, é necessário que, além da fisioterapia, o paciente use uma órtese durante o restante do tempo. E se, mesmo com todos os cuidados a escoliose continua a progredir ou o indivíduo já estava com uma escoliose maior que 40º, a cirurgia é a melhor opção.

Vá ao médico sempre que sentir qualquer mudança no seu corpo. Problemas de coluna, quando não tratados, podem levar a problemas muito mais sérios como uma hérnia de disco, por exemplo. Portanto, procure por bons profissionais e comece o tratamento o quanto antes!

Você conhece alguém que sofre com a escoliose? Compartilhe este conteúdo e ajude-o a se cuidar!