A liberação miofascial é bastante utilizada pelos profissionais de fisioterapia como uma forma de aliviar as dores musculares dos pacientes, podendo ser feita manualmente ou de forma instrumentada. É uma maneira de relaxar a musculatura e também oferecer uma maior mobilidade em uma determinada região.
Antes de falar da técnica em si, é necessário conhecer alguns conceitos primeiro e um deles é o de fáscia muscular.
A fáscia é um tecido conjuntivo que recobre um grupo de fibras musculares, nervos e vasos sanguíneos. Tem sua composição basicamente formada por colágeno já que ela precisa ser firme e elástica ao mesmo tempo para permitir os movimentos e as contrações musculares.
A principal função dessa fáscia é permitir o deslizamento de um músculo sobre o outro com maior facilidade.
É o encontro das fáscias, nas extremidades das musculaturas que formam os tendões. Elas se ligam aos ossos para fornecer a tração necessária e os estímulos para o movimento dos membros.
A liberação ocorre a partir de uma manipulação profunda dos tecidos. O fisioterapeuta pode usar as próprias mãos para fazer o deslizamento profundo na região do corpo a ser tratada, mas também pode usar instrumentos. O principal objetivo é liberar as tensões musculares e permitir maior liberdade de movimentação.
Quais problemas podemos encontrar na fáscia?
Como estamos falando de uma estrutura que encontramos em todas as partes do corpo, ela pode ser danificada pelos mais diversos fatores: excesso de atividade física, realizar movimentos repetitivos da forma incorreta, posturas inadequadas, praticar exercícios sem orientação profissional, entre outros.
Algumas patologias específicas da fáscia são, por exemplo, a fascite plantar e a síndrome da banda iliotibial, muito característica em corredores. No caso da fascite plantar ocorre uma inflamação e consequentemente, dor na região plantar do pé, onde é recoberto por uma fáscia.
Esses problemas podem ocasionar, além da inflamação, a formação de pontos gatilhos (pontos de tensão muscular) que promovem dor e podem oferecer limitação muscular no dia a dia. Prejudicam a força muscular, a coordenação motora e reduzem a flexibilidade.
A liberação miofascial age, justamente, como uma forma de liberar essas tensões musculares e assim, evitar maiores consequências.
Quais os benefícios da liberação miofascial?
Como já foi dito no início desse post, a liberação miofascial proporciona diversos benefícios como a prevenção de lesões e o alívio da dor. Vejamos quais são os outros:
- oferece maior amplitude de movimento;
- aumenta a flexibilidade;
- melhora a agilidade dos movimentos;
- promove o relaxamento muscular e alívio das tensões;
- aumenta a mobilidade articular;
- melhor o retorno venoso e o sistema circulatório como um todo;
Uma das maiores vantagens dessa técnica é que ela consegue oferecer resultados em curto prazo e, muitas vezes, de forma imediata. Após uma única sessão é possível observar os benefícios como a maior flexibilidade e amplitude de movimento, além de controlar o processo inflamatório local.
Para quem é indicada?
A liberação miofascial é indicada para pessoas que sofram de dores musculares crônicas ou agudas, praticantes de atividades físicas ou que tenham alguma patologia que provoque a dor muscular (como doenças neuromusculares).
Também é uma excelente técnica para tratar restrições de movimento causadas por uma cicatrização incorreta. Essa situação pode causar adesão nos tecidos e reduzir o grau de movimento.
Há contraindicações?
Algumas pessoas não podem ser tratadas com a liberação miofascial por causa dos efeitos que a técnica pode gerar. Veja suas contraindicações:
- Febre;
- Doença de pele;
- Convulsões;
- Distúrbios hemorrágicos;
- Alergias;
- Região abdominal de gestante.
Caso você esteja sentindo dores musculares constantes, procure ajuda de um profissional capacitado. Vá ao médico para realizar o diagnóstico e busque por um fisioterapeuta que lhe passe segurança e credibilidade. A sua saúde sempre vem em primeiro lugar.
Você já utilizou esta técnica? Deixe um comentário e conte pra gente!