É muito comum ver pessoas tomando remédios sem prescrição médica. Mais comum ainda é quando a dor na coluna começa e já vamos direto para a “gaveta de remédios”. Mas todos nós sabemos que a automedicação é algo que não deve ser feito.
As pessoas enxergam esse comportamento como algo banal, mas até esse simples remédio, quando não prescrito, pode fazer mal para a sua saúde. Vamos agora ver os porquês disso e como a automedicação traz impactos negativos para as nossas vidas.
Os riscos da automedicação
1. Leva a intoxicação
Como o medicamento não foi prescrito, você não sabe exatamente quanto deve consumir e isso pode resultar em uma intoxicação. Apenas um comprimido pode causar isso pois a quantidade de miligramas da substância principal pode ser bem elevada.
A intoxicação não é causada apenas por medicações consideradas “mais fortes” como as de tarja preta. Segundo a Anvisa, os remédios que mais causam intoxicação são aqueles que tomamos quase sempre como os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.
2. Causa alergias
Por não conhecer a composição do medicamento, você pode desencadear um quadro alérgico. Pode ser algo simples, mas também pode se tornar bem grave e levar até a morte.
A alergia acontece quando um corpo estranho adentra o nosso organismo e as nossas células de defesa o identificam como algo perigoso. Elas começam o ataque para eliminá-lo e isso pode ter graves consequências para a saúde.
3. Trata apenas os sintomas
Quando você está usando um sapato que incomoda, a primeira coisa que faz é usar um curativo adesivo no local do pé onde está causando o desconforto. Toda vez que vai usá-lo, coloca o curativo sem se preocupar o que está causando o problema.
A ideia é bem parecida quando ingerimos medicamentos para a dor, por exemplo. Queremos que ela passe logo, mas não vamos ao médico para sabermos o que está causando-a e esse é um dos grandes perigos da automedicação.
Por exemplo, você sente dor nos joelhos constantemente, o perigo pode estar escondido. Se for uma doença crônica como a artrose, você consumirá de analgésicos e a dor acaba voltando em algum momento porque os sintomas estão sendo tratados, mas a causa não. Portanto, vá ao médico e faça os exames necessários.
4. Perda do efeito
Quando ingerimos um remédio muitas vezes e por muito tempo, depois de algum período notamos que ela já não faz mais o mesmo efeito de antes. Para driblar isso, acabamos por ingerir uma dose mais potente.
Além de causar sérios problemas aos nossos órgãos como o fígado, por exemplo, essa superdosagem pode levar a sérios problemas de intoxicação falados mais acima. Ela pode ser imediata ou demorar para acontecer, mas prejudicará e muito o seu organismo.
5. Ocorre uma combinação de substâncias
Um remédio pode, simplesmente, anular o efeito do outro e certas combinações de substâncias podem produzir danos extremamente prejudiciais.
Por exemplo, o uso concomitante de anticoncepcionais e antibióticos pode ser bastante prejudicial para a saúde e causar ou agravar patologias uterinas.
Portanto, é preciso tomar muito cuidado e sempre comunicar ao médico as medicações que você já está utilizando quando ele for prescrever outras. Anote todos os nomes ou mesmo tire foto das caixas e leve no celular para que ele possa ver a substância e a dosagem.
6. Prejudica o tratamento fisioterapêutico
Quando nos automedicamos, podemos camuflar a real causa do problema e, inclusive agravar lesões. Por exemplo, digamos que você esteja com dor no joelho e tome um analgésico pouco antes da sessão. A dor não aparecerá enquanto o fisioterapeuta estiver manipulando a articulação.
O problema disso é que a lesão pode ficar pior do que já está pois a dor é como um limitador e que ajuda o profissional a medir a intensidade da força aplicada no movimento. Isso também aumenta o tempo de tratamento e traz outros prejuízos para a saúde.
Sempre procure um médico
Por causa de todos esses problemas que a automedicação pode causar, o melhor a fazer é procurar por um médico quando sentir dor. Vá a um hospital ou unidade de saúde perto da sua casa. Lá os exames serão realizados e o profissional fará toda a avaliação necessária e passará a medicação com a dose e os horários certos para tomá-la.
O diagnóstico deve ser realizado de forma bastante minuciosa. A partir daí, o médico poderá indicar quais os melhores tratamentos e também saberá encaminhar o paciente para outro profissional, caso seja necessário.
Você já praticou a automedicação? Conte quais problemas já enfrentou por conta disso e ajude outras pessoas!